A familia Dutra, da qual eu faço parte, é uma família tipicamente mineira,
daquelas que trazem consigo a alma sertaneja e suas boas receitas caseiras, é daquelas famílias que contam "causos" e que, ainda hoje, se reúnem em torno de uma mesa para festejar a união de todos por um. Pode ser num almoço de comemoração ou até mesmo num simples café nos finais de semana, lá estão para saber dos últimos acontecimentos em família ou dos amigos e parentes distantes.
Embora estivessem empregados, começava agora uma nova missão, a de trazer toda a família para São Paulo.
Estava assim formado o tripé que daria sustentação à vinda do restante da família.O próximo passo seria alugar um imóvel e torna-lo habitável para que todos estivessem novamente juntos. A esta altura você deve estar se perguntando: Onde estaria a mãe? - Oras...minha avó, Dona Arminda Maria Rosa, estava em Minas cuidando dos outros oito filhos e provavelmente orando muito para que todo plano desse certo... e deu.
Os três "Bandeirantes"alugaram uma pequena casa no bairro Bosque da Saúde para receber a "família real mineira". Posso quase afirmar que a bagagem não era como a de um retirante, assim como não posso também dizer que era de uma família nobre, mas isto não importa, o que vale mesmo é que começava ali a realização de muitos sonhos que hoje são realidade, todos juntos, como elos de uma corrente, tiveram a chance de uma formação e crescimento pessoal tornando possível não só a realização dos seus próprios sonhos, como também criando melhores oportunidades aos seus decendentes.
Quanto à dona Arminda e ao seu Francisco (meus avós), o que posso dizer?... São daquelas pessoas que não morrem nunca, pois estarão sempre presentes a cada colherada de doce de ovo, no sabor do franguinho de panela ou no leitão de Natal que remetem à minha infância, sempre com o carinho e o seu jeitinho mineiro de ser.
Marcos Dutra
Maio/2012
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